Publicação: 02/08/2012 06:00 Atualização: 02/08/2012 06:49
Patrus Ananias prometeu criar centro de referência da juventude |
Depois de lembrar que durante sua gestão à frente da PBH se iniciaram grandes eventos culturais na cidade como o Festival Internacional de Teatro (FIT) e o Festival de Arte Negra (FAN), Patrus assinalou que pretende implementar ações voltadas para a juventude em dimensões que tratem “da vida e da dignidade” das pessoas. “Nada do que ocorra em Belo Horizonte será desconsiderado se voltarmos a governar a cidade. Nunca diremos que algo não será responsabilidade da prefeitura. Como exemplo, temos de pensar no problema da violência, que atinge tantos jovens”, prometeu. Em manifesto distribuído durante o ato, a questão da insegurança foi relacionada à desigualdade econômica. “Somos o setor mais impactado pelos problemas sociais que nossa cidade enfrenta. Na educação, o impacto é direto e, na questão da violência, a juventude também é a que mais sofre, inclusive com os efeitos causados pela desigualdade econômica”, ressaltou o texto.
Os estudantes aproveitaram para levantar velhas bandeiras. “O passe livre para os estudantes é uma de nossas reivindicações”, disse Bruno Júlio, diretor da UNE. “Queremos o direito à cidade, o acesso aos espaços, com a geração de renda e empregos de qualidade”, defendeu Péricles Francisco, presidente da União da Juventude Socialista. O ato de campanha reuniu cerca de 300 pessoas e militantes do PT, do PMDB e do PCdoB.
O candidato do PT vai focar a campanha nos temas da cidade. “Estou preocupado com BH. Lembro-me de uma frase bonita de Guimarães Rosa: quando saio para dar batalha convido o meu coração. Estou com BH em meu coração”, disse, afirmando que a cidade avançou muito ao longo do tempo, mas vive agora novos desafios: “Há questões que precisam ser enfrentadas, a violência, as drogas, a questão da mobilidade urbana”.
Prefeitos itinerantes
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu ontem que prefeitos em segundo mandato não poderão disputar as eleições municipais em outro município. Por maioria, os ministros fixaram que a figura do prefeito itinerante é ilegal. Não são incomuns os casos nos quais os chefes do Executivo municipal transferem o título e disputam um terceiro e até quarto mandato em cidades vizinhas à que governaram. É o caso do prefeito de Bambuí no Centro-Oeste de Minas, Lélis Jorge Silva (PTB), que já foi prefeito de Vargem Bonita, a 75 quilômetros de distância, e agora tenta o quarto mandato.s