domingo, 19 de fevereiro de 2012

Reaparecimento de Eliza Samudio vira boato no Rio


Polícia nega que mulher teria se apresentado ontem em delegacia
Publicado no Jornal OTEMPO em 19/02/2012
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DANIEL LEITE
FOTO: REPRODUÇÃO
Imagem. A foto que circulou ontem na internet que seria de Eliza Samudio com um novo visual
Eliza Samudio apresentou-se em uma delegacia carioca. A notícia que mobilizou parte da imprensa do Rio de Janeiro foi, na verdade, um boato, e que parou ontem nas redes sociais.
A informação que chegou a um jornal da capital fluminense foi que uma mulher teria ido até uma unidade policial de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e afirmou ser a pessoa que a polícia mineira garante estar morta desde junho de 2010. A suspeita, uma jovem loira, teria se passado por Samudio, e estaria se entregando.
Em duas fotos postadas na internet para tentar provar o fato, ela aparece em frente a um banner da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Um usuário da rede de computadores comentou que a suposta Samudio estava "escondida na Baixada Fluminense em uma casa alugada em Duque de Caxias (...) com até visual novo, com seus cabelos loiros e magra".
Na delegacia de Duque de Caxias, um investigador de plantão e que não quis ter o nome divulgado, afirmou ontem não ter conhecimento do fato, ao menos nas ocorrências durante os períodos da manhã e tarde. A assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio declarou não haver registro de qualquer pessoa que tenha se apresentado como a mulher supostamente assassinada em um sítio em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, com a participação do ex-goleiro Bruno e amigos dele, segundo as investigações.
Uma das delegadas responsáveis pelo caso, Alessandra Wilke, descartou qualquer chance de Samudio estar viva. "É impossível", resumiu, sem dar detalhes.
Como está em regime de plantão, a polícia mineira relatou que informações detalhadas só poderiam ser repassadas na quinta-feira após o Carnaval. A corporação, no entanto, adiantou que, até ontem, não havia recebido qualquer comunicado a respeito do fato, reforçando a hipótese de boato.
Semelhança. A foto postada na internet é semelhante à que a estudante Jeize Fernandes aparece, em uma montagem supostamente realizada em 2010, quando ela teria sido confundida com Eliza num shopping carioca.
Acusados
Na prisão. Problemas de saúde já teriam afetado os três acusados pela morte de Eliza: Bruno, Macarrão e Bola. Este último afirma ter passado mal na prisão, na sexta. Foi medicado e teve alta no mesmo dia.
Caso soma incidentes
Episódios que aparentam ser mais uma tentativa de ganhar espaço na mídia não são exclusividade de pessoas sem qualquer relação com o caso do ex-goleiro Bruno.
Cláudio Daledonni, ex-defensor de Bruno, insistia na tese de que seu então cliente nunca teve direito de defesa. Antes dele, Ércio Quaresma trocou acusações públicas com José Arteiro, advogado da família Samúdio. À imprensa, diziam que o colega precisava "voltar a estudar".
O atual defensor de Bruno, Rui Pimenta, afirma que o ex-goleiro será solto e voltará a jogar pela seleção. (DL)

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